domingo, 12 de julho de 2009

O RIO por SOLBATT

O RIO
Eu sou o rio. Sou a água, o princípio e a origem da vida.
Olhe bem pra mim. Veja como eu caminho. É a correnteza que me dá força vital que eu libero durante todo o meu caminhar. Nisto se manifesta toda a minha vontade de viver. Lanço-me para além das fronteiras e vou abrindo o meu caminho. Afinal, o meu leito ainda não está feito. Eu é que vou abrindo estradas entre rochas, montanhas e vales e vou construindo a minha própria vida.
Eu continuo caminhando porque o caminho tornou-se a minha força, a minha liberdade. Por fim, em algum lugar do caminho recebi um nome: RIO. E agora sou um rio que se abre para a vida, o rio que possui o sabor de suas águas e porque sou um rio alegre, procuro fecundar tudo ao longo das minhas margens, deixando traços de vida por onde passo, afinal, a minha vida não me pertence, ela deve ser doada, deve ser compartilhada.
Eu fui feito para o mar, fui feito para o novo, para o maior, mas acima de tudo fui feito para a partilha e é isto que me impulsiona. Não sendo assim eu seria apenas uma poça dágua, uma água em repouso, parada, mas nós sabemos que a água parada acaba apodrecendo e não vai servir para mais nada.
Por falar nisso, o que é que você espera da vida? ...
Na medida em que eu caminho, tenho que ir renovando as minhas forças. Apenas a minha vontade de caminhar não me garante o êxito da minha chegada.
É que, nesta minha dança frenética por entre pedras e barrancos as vezes eu sinto que minhas forças diminuem, imerso nos mil problemas das correntezas que me empurram para todos os lados, eu fico sem saber por onde caminhar, mas, eu não posso parar diante das dificuldades, e então devo lançar-me uma, duas, infinitas vezes por sobre as pedras para abrir uma passagem por onde caminho.
Você já notou que raramente ando em linha reta? É que contornar montanhas e desviar-me de rochas não é apenas uma questão de gosto estético ou geográfico. Na maioria das vezes é minha única maneira de prosseguir.
É este o segredo da vida, a vontade de viver, a ânsia pela liberdade. E é isso que me mantém a cada dia mais forte, mais vivo.
Ao longo do meu caminho eu vou recebendo outras águas, pequenas, franzinas algumas, outras mais fortes, mas não importa o tamanho delas. Somadas, fazem de mim um rio, aumentam a minha força, ajudam-me a desviar o desconhecido. Sei que devo ainda crescer, andar prá diante, compartilhar. Mas eu sei também que estou andando sobre um caminho meu, em direção ao mar, a minha felicidade.
Gosto de conquistar aquilo que disputo, mas por isso às vezes preciso canalizar as minhas águas por entre margens que me ajudem a chegar ao mar. Outras vezes eu tenho que refreá-las e esperar o momento e condições adequadas para libertá-las. Eu tenho consciência de que deixando-as correr livremente, eu posso ocasionar morte e destruição ao invés de vida. Gostaria... gostaria muito que minhas águas pudessem correr livres e desimpedidas, mas, eu iria desperdiçá-las. Eu perderia forças e correria o risco de não chegar ao mar.
Veja, as minhas águas continuam a jorrar gota a gota, levando frescor e alívio àqueles que estão cansados e sedentos. Sinto-me feliz em poder fazer isto. Sinto-me contente da vida que trago dentro de mim. Às vezes, encontro terrenos áridos, secos onde minhas águas desaparecem como que por encanto, e então, o meu orgulho me faz pensar que estou desperdiçando vida, que estou sendo sugado, mas aí eu olho para as minhas margens e percebo com alegria que não há vida sendo desperdiçada. Ao contrário, é vida sendo compartilhada. Com o que eu dou, eu crio possibilidades de vida para muitos outros e o que é mais incrível, é que justamente quando eu cedo minhas águas para molhar as lavouras, para gerar vida e fazer crescer as plantas, a natureza me agradece e me retribui com águas que vem do alto, revigorando-me, preenchendo-me de vida. É um mistério... Um mistério que me faz muito feliz.
Eu continuo caminhando para o mar e vou descobrindo que em cada curva, em cada relanço, em cada queda eu posso ser útil de alguma forma. Vejo com alegria que cada amanhecer e cada entardecer é um novo dia, tão diferente de ontem quanto será de amanhã, mas esse novo dia me oferecerá inúmeras oportunidades de partilhar a vida que eu carrego. Meu objetivo é lançar-me no mar. Esse é o sonho de todo o rio, conhecer a imensidão do oceano. Mas às vezes eu sinto medo porque o oceano é desconhecido e é maior, muito maior do que eu, mas é justamente isso que me fascina e me desafia, essa mistura de medo e desafio, me impulsionam... é essa impulsão que me faz buscar, que não me deixa parado, mas se eu quiser chegar lá eu tenho que fazer o meu caminho, com pequenas, mas infinitas ações que a cada hora de cada dia me ajudarão a atravessar montanhas e vales, porque o limite deve ser a imensidão.
ESTA MENSAGEM FOI PUBLICADA NO JORNAL MISSIONEIRO DO DIA 20 DE SETEMBRO DE 2008, NA COLUNA TRANSCENDER, MANTIDA PELA EDUCADORA SOLANGE DA CRUZ BATTIROLA, RETIRADA DE UMA FITA DE VÍDEO, EDITADA PELO JORNAL MUNDO JOVEM, ASSISTIDA EM CERTA OCASIÃO PELA EDUCADORA COM SEUS ALUNOS. É UMA MENSAGEM DEDICADA A TODOS QUE TRABALHAM INCESSANTEMENTE PELA PRESERVAÇÃO E CONSCIENTIZAÇÃO DA COMUNIDADE SÃO-LUIZENSE COM O NOSSO MEIO AMBIENTE!

QUESTIONÁRIO SOBRE A
MENSAGEM DO RIO
Por Solange da Cruz Battirola
1. Quais são as suas maiores angústias quando pensas no futuro?
2. O que as idéias e frases do texto significam para a sua vida? ( 2, 4, 6, 10,11,12). Escolha um parágrafo e escreva o que pensa complementando a frase.
3. O que você pensa da vida? O que você espera da vida?
4. Afinal, qual é o grande segredo da vida?
5. “Você sabe que as coisas começam pequenas, sabe que caminhar sempre começa com o primeiro passo?”
6. Onde você deposita a sua felicidade?
7. Para você, o que é a liberdade?
8. Para onde você está andando?

9. Comente:
• “ Então devo lançar-me uma, duas, infinitas vezes por sobre as pedras para abrir uma passagem por onde caminho”.
• (...) o meu leito ainda não está feito. Eu é que vou abrindo estradas entre rochas, montanhas e vales e vou construindo a minha própria vida”.
• “Eu tenho consciência de que deixando-as correr livremente eu posso ocasionar morte e destruição ao invés de vida.”
• (...) “Água parada vai apodrecendo”.
• (...)“Meu objetivo é lançar-me ao mar”.

10. Poetize a frase: “O limite deve ser a imensidão”.
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CASA DOS MIL ESPELHOS

A CASA DOS MIL ESPELHOS
(Folclore japonês)
Tempos atrás em um distante e pequeno vilarejo, havia um lugar conhecido como a casa dos 1000 espelhos. Um pequeno e feliz cãozinho soube deste lugar e decidiu visitar.
Lá chegando, saltitou feliz escada acima até a entrada da casa. Olhou através da porta de entrada com suas orelhinhas bem levantadas e a cauda balançando tão rapidamente quanto podia. Para sua grande surpresa: Deparou-se com outros 1000 pequenos e felizes cãezinhos, todos com suas caudas balançando tão rapidamente quanto a dele. Abriu um enorme sorriso, e foi correspondido com 1000 enormes sorrisos.

Quando saiu da casa, pensou:
- Que lugar maravilhoso!
Voltarei sempre, um montão de vezes!

Neste mesmo vilarejo, um outro pequeno cãozinho, que não era tão feliz quanto o primeiro, decidiu visitar a casa. Escalou lentamente as escadas e olhou através da porta. Quando viu 1000 olhares hostis de cães que lhe olhavam fixamente, rosnou e mostrou os dentes e ficou horrorizado ao ver 1000 cães rosnando e mostrando os dentes para ele.

Quando saiu, ele pensou:
- Que lugar horrível, nunca mais volto aqui.

Todos os rostos no mundo são espelhos....Que tipo de reflexos você vê nos rostos das pessoas que você encontra?

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PARTICIPAÇÕES SOLBATT EM LIVROS, REVISTAS E PERIÓDICOS 2008/2009

Lista de livros


AGENDA VIRARTE 2009
por EDINARA LEÃO (ORG.)
contém 2 poesias de Solange da Cruz Battirola: Poesia Sucessão - pg 84. Poesia Eu e tu - pg 131

AGENDA POÉTICA DA CASA DO POETA 2009
por VANIA COIMBRA (ORG.)
No mês de outubro contém poesia de Solange da Cruz Battirola, intitulada: Um tal João

REVISTA PRESENÇA ANO 3 ANNA OLIVIA DO NASCIMENTO (ORG)
por SOLANGE DA CRUZ BATTIROLA
REVISTA PRESENÇA - Organização: Anna Olívia Nascimento, presidenta do Instituto Histórico e Geográfico de São Luiz Gonzaga- RS. CONTÉM ARTIGO ARTE É VIDA! por SOLANGE DA CRUZ BATTIROLA (PÁGINAS 63 ATÉ 74) EXPERIÊNCIA PEDAGÓGICA NA DISCIPLINA: ARTES

uni-Versus
por Solange da Cruz Battirola - contém poesia na página 102
Coletânea literária organizada por Edinara Leão.

11 PRÊMIO MISSÕES ORG. JOÃO WEBER GRIEBELER
por SOLANGE DA CRUZ BATTIROLA - POESIA: Dicas Ecológicas PUBLICADA NA PÁG.90 e 91
POESIA DICAS ECOLÓGICAS, PG 90-91, FORMANDO UMA ANTOLOGIA COLETIVA, CONTENDO POESIAS, CONTOS, CRÔNICAS, ORGANIZADO POR JOÃO WEBER GRIEBELER

LETRAS CONTEMPORÂNEAS volume 10 - ORG. JOÃO WEBER GRIEBELER
por SOLANGE DA CRUZ BATTIROLA NA PÁGINA 134
LETRAS CONTEMPORÂNEAS PROSA E VERSO, ORGANIZADO POR JOÃO WEBER GRIEBELER, NO MUNICÍPIO DE ROQUE GONZALES

AFLUÊNCIAS 6 ACAMPAMENTO DA POESIA - ORG. MÁRIO SIMON
por SOLANGE DA CRUZ BATTIROLA nas páginas 109, 110 e 111
LIVRO ORGANIZADO POR MÁRIO SIMON, REUNINDO POETAS NO MUNICÍPIO DE ENTRE-IJUÍS - MISSÕES - RS

LIVRO EFERVESCÊNCIA
por Org. Edinara Leão, com Solange da Cruz Battirola na página 131
Coletânea literária comemorativa ao V ano VirArte, contendo poesia Complexidade Familiar de Solange da Cruz Battirola, pag. 131.

VORAGEM - COLETÂNEA LITERÁRIA - ORG. EDINARA LEÃO
por SOLANGE DA CRUZ BATTIROLA
SOLANGE DA CRUZ BATTIROLA PUBLICOU NA PÁGINA 164, A POESIA: ANDARILHOS DA EXCLUSÃO

AGENDA VIRART 2008 - ORG. EDINARA LEÃO
por SOLANGE DA CRUZ BATTIROLA
NO DIA 22 DE DEZEMBRO CONTÉM A POESIA: VIVER É UMA ARTE.

ALDEIA - ORG. EDINARA LEÃO
por SOLANGE DA CRUZ BATTIROLA
PÁGINA 70, CONTÉM A POESIA SÃO LUIZ CRIANÇA

AGENDA POÉTICA 2008 - ORG. VÂNIA COIMBRA
por SOLANGE DA CRUZ BATTIROLA
CONTÉM NO MÊS DE DEZEMBRO, O POEMA SABORES DA AMIZADE.

REVISTA PRESENÇA 2 - ORG. ANNA OLÍVIA DO NASCIMENTO
por SOLANGE DA CRUZ BATTIROLA
PÁGINA 64 ATÉ 74, CONTÉM ARTIGO SOBRE EXPERIÊNCIA PEDAGÓGICA REALIZADA NO INSTITUTO RUI BARBOSA NO ANO 2006, INTITULADA: SER JOVEM - PÁGINA 64

AFLUÊNCIAS: 5 ACAMPAMENTO DA POESIA DE ENTRE-IJUÍS/ ORG. MÁRIO SIMON
por SOLANGE DA CRUZ BATTIROLA
PÁGINAS 103 E 104, CONTÉM A POESIA INTITULADA RIO DE MINHA INFÂNCIA

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EKOCHATOS

Ekochatos
Palavra de quem solta o verbo
Em defesa do nosso ambiente.

Ekochatos são sonhadores...
Sonham com cascatas cristalinas,
banho de cachoeira,
rios, lagos, lagoas,
igapó, igarapés

Ekochatos são aventureiros...
Aventuram-se entre matas e florestas,
Entoam canções ao vento.
Meditam seus pensamentos,
Revolucionam com suas idéias.
Querem salvar o planeta!

Ekochatos são sábios...
Sabem que incomodam,
Agitam a sociedade, defendem os animais em extinção.
Não se calam diante da devastação,
Do desmatamento ou da destruição.

Ekochatos são realistas...
Com bandeiras em punho,
Buscam ações concretas,
Ecoando em diversos idiomas:
A defesa do nosso meio ambiente!


Solange da Cruz Battirola – São Luiz Gonzaga /RS

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Aqui, você encontra os registros textuais e fotográficos de uma educadora... Minha Vida é abençoada por Deus! (Tenho todo o amor que mereço e amo de forma incondicional). Adoro meu trabalho e tudo que realizo é feito com Paixão! Amo a vida e o meu bem maior é viver! Que bom te ver aqui! Aproveite! Bjks Prof. Sol